P. acordou no meio da noite com a nítida sensação que o mundo desomoronava, olhou para o lado e o próprio Jesus estava a sua espreita, logo o indaga?
- O que é mais relevante?
O silêncio invadiu a sua alma e os seus ossos trincaram, enquanto uma série de passagens aleatórias invadiram sua mente e freneticamente definiam prioridades, o último beijo na mãe, a última briga com o pai, o olhar carente da amante e o abraço apertado da namorada…
Com mil respostas e nenhuma certeza, proferiu:
- Não existe relevância, além de ti.
Uma risada reverbera pelo quarto, os objetos antes inanimados gargalham e o Rei dos Judeus se despe…
… por debaixo do manto vermelho, surge um cópia de P. que diz:
- Não seria esta a verdadeira relevância?
Surpreso, e pronto para contestar quando é interrompido por um voz estridente e afoita:
- Vai amor, não pára já estou quase lá…
P. acabava de entrar em seu mais estranho nirvana.